quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Jureia - Itinguçu


Núcleo Itinguçu

  
Bairro pertencente ao município de Iguape, localizado na face sul da Serra dos Itatins, a 18 Km do centro de Peruíbe, encontra-se dentro da Estação Ecológica Juréia-Itatins.
A área utilizada pelos visitantes do Núcleo se concentra no Ribeirão Itinguinha, na altura da formação da Cachoeira do Paraíso. Conta com quatro quiosques, instalados na área do estacionamento, que servem bebidas e salgados, com área para piquenique, além de barracas situadas na estrada de acesso, que vendem licores e doces em compotas, típicos da região. O Núcleo também conta com uma escola e um posto de saúde que atendem à população residente nas proximidades.
O período de maior visitação acontece nos meses de janeiro, fevereiro, março e dezembro, enquanto maio e junho formam a época de baixo movimento no local.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Juréia... Alguns Dados


Estação ecológica Juréia Itatins

Área:79.830 ha
Perímetro:216.100 m
Decreto Estadual:Nº 24.646
Data:20 de janeiro de 1986
Ecossistemas:Mata atlântica, floresta tropical pluvial de encosta e de planície, manguezal, restinga, praia arenosa e costão rochoso
Coordenadas geográficas:24° 18' A 24° 37' LAT S
47° 00' A 47° 31' LONG W
Municípios:
CidadeÁrea
Iguape:63.190,97 ha
Miracatu:4.942,00 ha
Itariri:3.270,00 ha
Peruíbe:8.427,03 ha
Contato:Estrada do guaraú, 4164 / caixa postal 159 - CEP 11750-000 - Peruíbe - SP - Email: jureiaitatins@fflorestal.sp.gov.br
Rota de acesso:SP 160 (Rod. dos Imigrantes); SP 55 (Rod. padre Manoel da Nóbrega) até Peruíbe
Ou BR 116 (Rod. Régis Bitencourt); SP 55 até Peruíbe
Distância da capital:150 km

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Juréia... Um Pouco da Sua História


História 


O primeiro acesso à região da Juréia se deu já na época de Martim Afonso de Souza, objetivando interligar a Capitania Hereditária de São Vicente à Iguape e Cananéia. Porém, o primeiro marco de ocupação aconteceu a mando do Imperador Dom Pedro I, que ordenou a construção do Caminho do Imperador na área. Este foi muito utilizado durante a Guerra do Paraguai, pois através dele transitava o Correio Del Rei (mensageiros que portavam notícias do conflito), tendo maior movimentação com o Marechal Rondon, que lá instalou pontes de ferro vindas da Inglaterra, ligando o Rio de Janeiro ao sul do país, e uma linha telegráfica.
Desde então a Juréia destacou-se por diversificados acontecimentos, os quais se intensificaram durante o século XX.
Durante os anos 80, grande parte da área da Juréia foi escolhida pela NUCLEBRÁS para implantar duas usinas nucleares; Iguape 4 e Iguape 5, pois a coexistência de estações ecológicas e usinas nucleares representava, simultaneamente, proteção de áreas naturais e tampão para o entorno das usinas. Neste contexto criou-se a Estação Ecológica da Juréia (1980), com 23.600 hectares, ficando proibido o acesso de qualquer cidadão que não fosse pesquisador ou cientista. Por outro lado, a Estação Ecológica da Juréia ficava salvaguardada da especulação imobiliária que se originou na década de 70.
Por desistência do governo federal o programa nuclear não foi concretizado e, em 1985, a NUCLEBRÁS retirou-se do local, voltando a área a correr riscos de degradação, já que anteriormente fora preservada.
A imensa preocupação quanto ao destino da Juréia levou ambientalistas, políticos e organizações não governamentais à reivindicarem providências contra agressões de mais um paraíso natural, resultando na criação da Estação Ecológica da Juréia-Itatins, através do Decreto Estadual n24.646, de 20 de fevereiro de 1986, que foi regulamentado pela Lei nº 5.649, de 28 de abril de 1987, englobando a Serra dos Itatins e aumentando sua extensão para os atuais 79.245 hectares.
Podem ser visitados na EEJI o Núcleo Itinguçu, a Vila Barra do Una, o Canto da Praia da Juréia e Praia do Guaraú.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Historia do Valo Grande

HISTÓRIA DO CANAL DO VALO GRANDE DE IGUAPE
Iguape, em tupi-guarani, significa "na enseada das águas". O nome não poderia ser mais adequado, pois a cidade está encravada entre o litoral sul paulista e o Rio Ribeira, que faz uma série de curvas caprichosas no final de seu trajeto, parecendo querer retardar ao máximo sua chegada ao oceano.
Durante boa parte do século XIX, os principais engenhos de produção de arroz da Província de São Paulo ficavam na região do Ribeira. Para escoar toda esta produção, o Porto Marítimo de Iguape era um dos maiores do país, mais movimentado do que Santos e tão importante quanto o do Rio de Janeiro, capital do país, recebendo navios de grande calado em seu canal principal.
Para transportar o arroz para o "Porto Grande" (Porto Marítimo), os engenhos usavam o Rio Ribeira, que fazia uma de suas curvas no limite norte da cidade, onde foi construído o "Porto do Ribeira". Só havia um problema: as sacas de arroz descarregadas no porto fluvial tinham que ser embarcadas em carroças ou em lombo de burros para vencer cerca de 2 km de ruas até o porto marítimo, no extremo sul da cidade. Os senhores de Engenho e os políticos da cidade logo perceberam que este processo era um gargalo, e pensaram em uma solução engenhosa para o problema: Por que não construir um pequeno canal com alguns metros de largura que ligasse o Rio Ribeira e o Porto de Iguape, sem a necessidade de transportar as sacas de arroz por via terrestre, economizando dois dias de viagem ?
Numa época em que os Canais do Panamá e de Suez não passavam de projetos, a construção de um canal de cerca de 2 Km em uma cidade do litoral paulista seria a maior obra de engenharia já feita no país, mas os interesses comerciais do recém formado Império também estavam em jogo, e a construção do canal foi autorizada por D. Pedro I em 1827.
Durante mais de 20 anos, centenas de escravos trabalharam arduamente escavando um canal com uma média de 4 metros de largura, 2 metros de profundidade e 2 km de extensão. A obra foi inaugurada em 1855, com a presença de importantes autoridades da época, todas de olho nos ganhos que o aumento dos embarques de arroz trariam.
Mas todos se esqueceram de prever que o Rio Ribeira “acharia mais fácil” chegar ao mar pelo canal. Como o terreno onde foi construído a canal era muito arenoso, as águas do Ribeira rapidamente começaram a erodir as margens, e o grande volume de água direcionado para o canal foi aumentando sua largura, recebendo cada vez mais água, levando consigo tudo que estava em suas margens. Em alguns momentos, os habitantes de Iguape temeram a completa destruição da cidade, mas por volta de 1900 o fluxo estabilizou-se, graças a estudos realizados pelos engenheiros Sérgio Saboia, Martinho de Moraes e João Carlos Greenhalgh, que projetaram muros de contenção e uma barragem onde antes estava o Porto do Ribeira. Mas o estrago já estava feito, e o que seria um canal com alguns metros de largura transformou-se no curso principal do rio em direção ao mar, com até 300 metros entre suas margens, que a população já chamava de "Valo Grande".
Os sedimentos e areia levados pelo Rio Ribeira em seu novo percurso assorearam o canal do Porto de Iguape, impedindo a entrada dos navios de maior calado, limitando os carregamentos. Além disto, o “atalho” encontrado pelo Rio Ribeira acabou alterando o ciclo de cheias das várzeas da região, justamente o que as tornavam tão férteis. O aumento da concentração de água doce no Mar Pequeno também espantou os peixes e acabou com os mariscos.
No limiar do século XX, Iguape vivenciou um declínio sem precedentes, passando em poucos anos de um importante centro agroexportador para uma comunidade pobre e sem perspectivas. Esta situação só começou a reverter-se com o desenvolvimento da pesca oceânica e da cultura de banana na década de 30, mas ainda assim muito distante da opulência que a cidade já vivenciara no passado.
Em Agosto de 2011, a Juíza de Direito Fernanda Alves da Rocha Branco de Oliva Politi, da 2ª Vara Judicial de Iguape, determinou que a barragem do Valo Grande fosse concluída, o canal limpo e drenado e definitivamente fechado, com a esperança de que os peixes e mariscos voltem ao Mar Pequeno, e que o Porto de Iguape volte a ser um importante entreposto agrícola. Só o tempo dirá se a determinação será cumprida.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Valo Grande de Iguape

Nesta foto vemos o Valo Grande, que corta a cidade de Iguape. Pode não parecer, mas trata-se de um canal, construído pelo homem. Quando foi aberto tinha aproximadamente dois metros de largura. Hoje em dia chega a ter duzentos metros de largura.

terça-feira, 22 de julho de 2014

A Imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape



SENHOR BOM JESUS DE IGUAPE
 A História da imagem

corria o ano de 1647, mês de fevereiro. Pernambuco vivia sob domínio dos holandeses, conta uma das lendas que a imagem do Senhor Bom Jesus ia num navio português, tinha saído de Portugal e rumava para o Brasil àquela altura dividido entre holandeses, franceses e portugueses.
Ao se aproximar de Pernambuco, o navio foi abordado pelos holandeses.
Com receio de ter seus objetos profanados, a população lançou-o todos ao mar, inclusive a imagem do Senhor Bom Jesus.
Nove meses mais tarde, na Praia do Uma, dois índios enviados à Via Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, enviados pelo Sr. Francisco de Mesquita, morador da Praia da Juréia avistaram algo entre as ondas. Como não conseguiam identificar os objetos resolveram entrar no mar e resgatá-lo. Perceberam que se tratava de uma imagem e junto a ela havia também algumas botijas de azeite e um caixote de madeira.
Acreditando que havia alguma relação entre os objetos resolveram trazê-los à margem. Para prosseguir viagem, colocaram-na de pé na areia ao lado das botijas e do caixote. No regresso ao se aproximarem da imagem, perceberam surpresos que, deixando-a virada para o nascente, encontraram-na virada com o semblante voltado para a direção poente.
Apressaram-se em voltar ao seu local de morada e contar o que acontecera. No dia seguinte, Jorge Serrano, líder da comunidade, tomou no caminho de Praia do Uma, acompanhado de sua mulher Ana de Góes, de seu filho Jorge sua cunhada Cecília. Quando chegaram diante da imagem puseram-se de joelhos e rezaram, rendendo graças. Decidiram então levá-la para a Vila de Iguape e para facilitar o transporte, usaram um rede de pesca.
Um grupo de pessoas que havia sido informado do achado da imagem pelos índios acercou-se de Jorge Serrano, com a intenção de levá-la para a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, por esta ser a sede da Capitania. Ao tentarem virar o cortejo para àquela Vila, a imagem surpreendentemente tornou-se muito pesada e o contrário aconteceu quando voltaram-na na direção à Vila de Iguape. Perceberam então que a imagem já havia escolhido seu destino. À medida que se aproximava da vila eram muitas as pessoas que se juntavam à procissão. Após dias de caminhada encontraram um lugar de rara beleza onde pararam para banhar a imagem sobre as pedras de um riacho, retirando o salitre e preparando-o para a sua chegada na Matriz de Nossa Senhora das Neves. Este riacho ficou conhecido como Fonte do Senhor e dizem que a pedra sobre a qual foi banhada a imagem, cresce continuamente. No dia 02 de novembro de 1647, terminada a lavagem, a imagem finalmente chegou à vila e foi entronizada na Matriz de Nossa Senhora das Neves. As notícias de acontecimentos miraculosos envolvendo a imagem transformaram Iguape num centro de peregrinação
No ano de 1787 foi iniciada a construção de uma nova igreja, pois a Matriz de Nossa Senhora das Neves encontrava-se em péssimas condições. A obra foi interrompida e somente trinta anos depois foi retomada. Já nesta época a Procissão do Senhor Bom Jesus era realizada no dia 06 de agosto, dia da transfiguração do Senhor. No dia 05 do mesmo mês ficou consagrado a Nossa Senhora das Neves. Em clima de grande festa foram transladas, num cortejo chamado pelos fiéis de Procissão da Mudança, a imagem do Senhor Bom Jesus e todas as outras imagens da antiga matriz para a nova Igreja que, no ano seguinte passou a ser denominada Paróquia de Nossa Senhora das Neves e Matriz do Senhor Bom Jesus de Iguape. Firmou-se a tradição de peregrinação à cidade, e hoje Iguape recebe muitos romeiros devotos do Bom Jesus numa demonstração de amor, emoção e fé.
O ícone do Bom Jesus, exposto na sacristia da Basílica, foi executada pelo famoso pintor iguapense Trajano Vaz. Antes esse quadro havia sido exposto em Santos e no Rio de Janeiro, onde foi admirado por milhares de pessoas. Em 1924 foi doado à Basílica em cumprimento de um voto de fé.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A Igreja do Senhor Bom Jesus de Iguape




BASÍLICA DO SENHOR BOM JESUS DE IGUAPE

Nascida nos primórdios da colonização lusitana no Brasil, a cidade de Iguape foi oficialmente fundada no dia 3 de dezembro de 1538. Atravessou diversos ciclos econômicos, representados pela mineração do ouro, pela construção naval e pela lavoura do arroz, que a projetou como a Capital do Sul do Estado de São Paulo. Possui o maior conjunto arquitetônico do Estado, e diversos imóveis foram tombados pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de São Paulo, em 1975.

Dentre esse importante conjunto, destaca-se a imponente BASÍLICA DO SENHOR BOM JESUS DE IGUAPE, que foi iniciada em 1787, quando era governador da Capitania de São Paulo dom Bernardo José de Lorena. A sua administração ficou aos cuidados do padre Diogo Rodrigues da Silva, que conclamava a população para as obras da nova igreja, e ele mesmo era o primeiro a pegar as pedras, trazidas em canoas e depositadas no Porto Grande, e levá-las até o local das obras.

Devido à falta de recursos, as obras prosseguiam e paravam, e somente seriam parcialmente concluídas em 1856, depois de 69 anos, quando, numa festa memorável, o templo foi solenemente inaugurado pelo padre Antônio Carneiro da Silva Braga.

Os afrescos, que decoram o teto da nave, foram executados pelo consagrado pintor paulista ERNESTO THOMAZINI, auxiliado por seu irmão João Thomazini, em duas etapas, nos anos de 1924 e 1926.

Em 1962, por determinação papal, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Iguape foi elevada à categoria de Basílica.

Em 1975, foi tombada pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Iguape.

Iguape recebe anualmente cerca de 150 mil visitantes, entre romeiros e turistas, durante as festividades dedicadas ao Senhor Bom Jesus, realizada entre os dias 28 de Julho a 6 de Agosto.